terça-feira, 3 de janeiro de 2023


Para analisarmos o LUCRO gerado por uma Entidade num determinado período recorremos à sua DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS: reúne informação sobre a atividade desenvolvida pelas empresas em cada exercício económico, identificando os rendimentos e os gastos que contribuíram para a formação dos resultados. Margem Bruta, EBITDA, EBIT, EBT e Resultado Líquido do período são resultados obtidos a partir da demonstração dos resultados.


O resultado líquido do período é determinado após o Resultado Antes de Impostos, considerando, por fim, o imposto sobre o rendimento do período. Corresponde, assim, à diferença entre todos os rendimentos obtidos e todos os gastos suportados pelas empresas durante o exercício económico, representando o valor líquido (contabilístico) que a empresa obteve do conjunto das atividades desempenhadas.

O Resultado Líquido é o elo de ligação entre a Demonstração dos Resultados e o Balanço.

O balanço e a demonstração dos resultados baseiam-se no REGIME DO ACRÉSCIMO (ou da periodização económica), que pressupõe que os efeitos das transações e de outros acontecimentos sejam reconhecidos quando eles ocorrem (e não quando os movimentos de caixa, ou seus equivalentes, sejam recebidos ou pagos), sendo registados nos períodos com os quais se relacionem. Torna-se, assim, óbvio que o lucro é diferente de caixa. Por exemplo, as Vendas são contabilizadas quando a Entidade fornece o produto ou presta o serviço ao Cliente. Nesse momento é registado o rendimento (rédito) em Vendas ou Serviços Prestados (componente positiva dos resultados). Todavia, se a Entidade conceder ao cliente 30 dias ou mais para pagar, o dinheiro só entrará (ou mudará de mãos) mais tarde aquando do recebimento.

Já a DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA baseia-se no REGIME DE CAIXA, ou seja, quantifica os fluxos, por referência ao momento da produção dos seus efeitos financeiros e não, estritamente, ao momento da produção dos efeitos económicos.  Os fluxos de caixa identificam os fluxos financeiros (caixa ou equivalentes de caixa) gerados ou consumidos pelas atividades das empresas (atividades operacionais, de investimento e de financiamento);
 
O free cash flow inclui os fluxos que resultam da atividade operacional e de investimento das empresas, representando o fluxo de caixa disponível, gerado pelas atividades operacionais e líquido da atividade de investimento; 

A informação dos fluxos de caixa constitui, assim, um instrumento adicional de análise aos indicadores do balanço e da demonstração dos resultados disponíveis, permitindo conciliá-los (nomeadamente, por comparação entre os rendimentos e gastos gerados e as alterações da posição financeira).

Na imagem acima verificamos quatro possíveis situações que podem ocorrer numa Empresa nesta relação entre Lucro e Caixa ...


Artigo escrito por Miguel Fragoso, CEO da CERTFORM - Escola de Formação Prática - Economista e Contabilista Certificado (25 anos de inscrição na OCC) - Formador nas áreas de Contabilidade, Fiscalidade, Finanças Empresariais e Gestão de Negócios





 

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